domingo, 9 de maio de 2010

Presente de Thito a Chris... rs

"O Capeta é um sujeito arteiro e não se cansa até pregar uma boa peça.

Num certo dia, ele estava bastante inspirado, queria fazer algo realmente maldoso. Vasculhando seu baú de travessuras, encontrou um pedaço de cinismo. Resto de esculhambação alheia. Aquela sobra de safadeza, um tanto de piriguetagem e outro tanto de chatisse.

Como deu pra ver, não era muita coisa, mas já era alguma coisa. Modelou direito, deu uns contornos interessantes. Botou pra assar. Depois de um tempo, ele tira do forno. E fica contente com seu novo brinquedinho.

Depois de ensinar uns truques pra se dar bem na vida, ele dá o trabalho como concluído e fala:

- Chris, agora vai lá pra cima e esculhamba com o mundo. \o/

Ela rebola duas vezes, tira onda com o cão e dá no pé antes que ele se empolgue com a brincadeira. Kkkkkkkkkkkkkkk

É, até o cão sofre com seus brinquedinhos!!!

sábado, 27 de março de 2010

Nesse marzaum de sonhos...


A gente vai se afogando a cada dia... com toda felicidade sempre chegando (um futuro incerto) ou intensificando todas as formas que a gente parece encontrar para sabotar a nós mesmos.
Ôooooo esse marzaum de sonhos... tu podias apenas nos afogar nos sonhos bons, não??
Mas apenas com sonhos bons a gente demora muito pra ficar mais fortes... Contudo, acho que preferiria não precisar ficar forte. Ficar forte significa conseguir aguentar mais os sofrimentos... as tristezas, os medos... se for assim, talvez o adjetivo fraco sem tudo isso traria mais tranquilidade et talvez uma felicidade que não necessitasse dessas tantas forças que existem por aí!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Aos Que Virão Depois De Nós


I

Eu vivo em tempos sombrios.

Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,

uma testa sem rugas é sinal de indiferença.


Aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a terrível notícia.

Que tempos são esses, quando falar sobre flores é quase um crime.

Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?

Aquele que cruza tranqüilamente a rua

já está então inacessível aos amigos

que se encontram necessitados?


É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.

Mas acreditem: é por acaso.

Nada do que eu faço

Dá-me o direito de comer quando eu tenho fome.

Por acaso estou sendo poupado.

(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)


Dizem-me: come e bebe!

Fica feliz por teres o que tens!

Mas como é que posso comer e beber,

se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?

se o copo de água que eu bebo, faz falta aquem tem sede?

Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.


Eu queria ser um sábio.

Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:

Manter-se afastado dos problemas do mundo

e sem medo passar o tempo que se tem para viver na terra;

Seguir seu caminho sem violência,

pagar o mal com o bem,

não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.

Sabedoria é isso!

Mas eu não consigo agir assim.

É verdade, eu vivo em tempos sombrios!


II

Eu vim para a cidade no tempo da desordem,

quando a fome reinava.

Eu vim para o convívio dos homens

no tempo da revolta e me revoltei ao lado deles.

Assim se passou o tempo que me foi dado viver sobre a terra.

Eu comi o meu pão no meio das batalhas,

deitei-me entre os assassinos para dormir,

Fiz amor sem muita atenção

e não tive paciência com a natureza.

Assim se passou o tempoque me foi dado viver sobre a terra.


III


Vocês, que vão emergir das onda

sem que nós perecemos, pensem,

quando falarem das nossas fraquezas,

nos tempos sombrios de que vocês tiveram a sorte de escapar.


Nós existíamos através da luta de classes,

mudando mais seguidamente de países que desapatos,

desesperados!

quando só havia injustiça e não havia revolta.


Nós sabemos:

o ódio contra a baixeza

também endurece os rostos!

A cólera contra a injustiça faz a voz ficar rouca!

Infelizmente, nós,

que queríamos preparar o caminho para a amizade,

não pudemos ser,

nós mesmos, bons amigos.

Mas vocês,

quando chegar o tempo em que o homem seja amigo do homem,

pensem em nós com um pouco de compreensão.


Bertolt Brecht

terça-feira, 20 de outubro de 2009

cacau com jabuticaba

quand vc chora, eu fico triste... quando vc está alegre, fico feliz... quando teu encanto se espalha como as cores, me sinto como uma estrelha a brilhar no céu...
vem brilhar comigo??

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

e uma flor desabrochando diz:

vamos trocar luzes,
preciso disso...
a sua complementa a minha...
vamos trocar luzes??
Trilhas



Vivo cada segundo como o último instante

Faço das minhas palavras vivas melodias

Em tempos de flagelações,

Nestes tempos de falsos sim, como o não

Faço canções nestas duras trilhas



Lembro de cada simbologia

Na fase de minha vida cortada

Faço do pouco que tenho maravilhas,

Da dor da perda que ainda me arruína

A esperança teimosa que me reanima

Fazendo do pouco uma emoção

De tantos amores, de tantas paixões



Faço da vida o último momento

Nas visíveis e invisíveis trilhas doídas

Nego as falsas lembranças adquiridas

Se aos pouco vejo o que sobrou

No mundo que falei

Vejo o que sobrará desta tempestade

Na frente dos passos que dou na saudade

Amada, odiada, unida e dividida



Na frente das trilhas mal sinalizadas

Perdido eu me acho nas terras tão altas

Fiz de meu sofrimento um novo ar

Respiro atencioso no rosto que há

Mirando os passos que dou nestas trilhas

Faço vida meu eterno amar



Se canto a dor

Se canto a agonia

canto na terra ou no mar



Fazem parte de minha trilha



Sou tão a favor dos toques humanos

Se eu faço dos versos a minha armadura

Me defendo como um gladiador

Abrir mil estradas no meio da trilha

Repartir o que não era tão pormenor

Sinto um estrago silencio sem cor



Busco em cada segundo da vida

Um instante alegre do fruto sabor

Já faço de muito que haveria

Tento aos poucos andar sem tremor

Lembranças que ficam no rosto da vista

Elas eu sinto que são navalhas

Do pouco que sei, do muito que ficou

Procuro algo que me valha



No instante presente da vida amiga

Segundos baleados na amada trilha

Faço dos sonhos também armaduras

Como já fiz com as minhas palavras

Nas veias abertas de muitas feridas

Revejo meus dias, grito sem pavor



Meus dias serão os últimos dias

Presto-me a perceber assim eu sou

Amar mais do que amei

Apaixonar-me mais do que me apaixonei

Lutar como nunca lutei

Revoltar-me com mais intensidade

Caso chegue a lugar nenhum....

Um horizonte enorme continuará a me guiar.

sábado, 10 de outubro de 2009

De manhã cedo

A correnteza da vida.
Essa parida por gente brilhante,
que sacode a poeira,
que enche seu pulmão de certezas,
que enfrenta canhões.
Diz para ti mesmo:
“Minha sina é jamais desistir”

A vida como ela é.
A vida ela é assim.
Dura!

Difícil aceitar
e por isso mesmo não se aceita;
se enfrenta
Nem de longe acomodar.
Repelir qualquer ruído que te fira,
que arranca as pétalas,
o aroma e o deixa apenas os espinhos.

Difícil de não se encantarcom bravuras,
com vidas carregadas de fartos.
Mas docemente seguindo firme,
agredindo a covardia,
combatendo o medo, cantando o horizonte.(....)

"Do amigo poeta Claudio"